Como sabemos, cicatrização é o processo pelo qual o tecido lesado é
substituído por tecido conjuntivo vascularizado.
Ou seja, para que uma cicatriz se forme o primeiro passo é a instalação de reação
inflamatória. Na inflamação células do exsudato inflamatório e macrófagos reabsorvem restos celulares (linfocitos desnecessários após a vitória no combate aos MO, por exemplo) e sangue.
Em
seguida o que ocorre é a proliferação fibroblástica e
endotelial (proliferação de fibras colágenas e células de vasos sanguíneos) formando o tecido conjuntivo cicatricial (tecido de granulação).
Finalmente ocorre a remodelação com redução do
volume da cicatriz.
Dessa forma Cicatriz é o
resultado final de um conjunto de acontecimentos biológicos que acontecem depois da agressão ou injúria, finalizando sempre pela formação de colágeno e epitelização,
binômio sem o qual não existe cicatriz.
Durante a cicatrização a formação do coagulo sanguíneo promove a liberação de mediadores quimicos . Um exemplo é a liberação de Interleucina I (aumenta a atividade de coagulação)
e TNF -a, responsavel por estimular a proliferação celular.
São ativadas ainda moleculas de adesão VCAM e ICAM, que atuam na adesão das células que formam a cicatriz.
Ocorre ainda a vasodilatação estimulada pelas taquicininas e histaminas. Essa vasodilatação é a responsavel pela nutrição do novo tecido (cicatriz) que será formado.
Como tempo esse tecido deixa a fase de crescimento e entra em maturação, com a remodelação cicatricial, substituição do colageno tipo I pelo tipo 3 (mais denso). Os capilares se contraem e as células de defesa entram em apoptose. Os fibroblastos se transformam em miofibroblastos e o volume da cicatriz diminui.
O tecido de granulação é observado
somente no processo de cicatrização tecidual.
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