domingo, 12 de junho de 2016

NECROSE X APOPTOSE

Enquanto a necrose ocorre em um grande grupo de células devido a uma agressão intensa e tem como característica o edema do citoplasma e compactação do nucleo com posterior degradação, levando a um processo inflamatório e posterior reparo a apoptose é um fenomeno que age como controle da qualidade e quantidade de células, ocorrendo de forma regulada e individual. A célula como um todo se contrai e os restos (corpos apoptóticos) são reabsorvidas por fagocitose, não induz a processo inflamatório intenso.

Apoptose

Também chamada de morte celular programada em virtude do seu mecanismo envolver  a degradação do DNA e das proteínas celulares segundo um programa celular específico. Nesta forma de morte celular não há vazamento de proteínas através da membrana celular, ocorrendo fagocitose da célula apoptótica sem inflamação local.

A apoptose pode ser
 fisiológica ou patológica.

Exemplos de
 apoptose fisiológica são a destruição programada de células durante a embriogênese e a involução mamária após a lactação.

A
 apoptose patológica ocorre em condições tais como  hepatite por vírus (hepatócitos apoptóticos), atrofia acinar após a obstrução de ductos glandulares e destruição de células lesadas por radiação.

Morfologicamente
 as células apoptóticas diminuem de tamanho, exibem cromatina condensada formando agregados próximos à membrana nuclear. A seguir há formação de corpos apoptóticos (fragmentos celulares), percebendo-se finalmente a fagocitose das células ou de seus fragmentos por macrófagos, sem inflamação.


A Célula Compacta-se
A membrana forma invaginações
A cromatina condensa
O DNA Fragmenta-se

A célula morta divide-se em vesículas membranares (corpos apoptóticos) que são fagocitados



NECROSE

Necrose:
Necrose é o conjunto de alterações morfológicas que se seguem à morte celular em um organismo vivo. É sempre patológica.
  
 
As
 membranas das células necróticas perdem a sua integridade, ocorrendo extravasamento de substâncias contidas nas células. Isto tem importância clínica pois algumas delas são especialmente abundantes em determinados tipos celulares. Estas substâncias entram na corrente circulatória, podendo ser detectadas e interpretadas como evidência de morte celular. 
 
 
Como conseqüência da necrose ocorre
 inflamação nos tecidos adjacentes para a eliminação dos tecidos mortos e posterior reparo. Durante este processo inflamatório acumulam-se leucócitos na periferia do tecido lesado, que liberam enzimas úteis na digestão das células necróticas. 


Alterações morfológicas 


As mudanças na morfostase se dão, principalmente, nos núcleos, os quais apresentam alteração de volume e de coloração à microscopia óptica
As modificações citoplasmáticas observadas ao microscópio óptico (essas modificações são secundárias às nucleares, sendo visíveis mais tardiamente) consistem na presença de granulações e espaços irregulares no citoplasma. 
O citoplasma torna-se opaco, grosseiro, podendo estar rompida a membrana citoplasmática. Intensa eosinofilia é característica, decorrente de alterações lisossomais e mitocondriais

São essas alterações
Picnose: Núcleo denso e retraído, perde individualidade dos grânulos de cromatina. Ou seja, o núcleo fica pequeno, sem forma e com coloração roxa escura
Cariólise: coloração nuclear pálida e fraca. Assim que a cromatina vai sendo degradada o núcleo se torna pálido
Cariorrexe: fragmentação do núcleo picnótico. O núcleo se desfaz em vários pedaços formando pequenos fragmentos
Eosinofilia citoplasmática: perda da discreta basofilia do citoplasma, passando a cor-de-rosa intenso. O núcleo ja esta degradado e o citoplasma fica eosinofílico.

Células fantasmas: autodigestão. Depois da degradação total do nucleo temos o que chamamos de célula fantasma, essa célula acaba muitas vezes passando por processo de autodigestão



1 - Necrose de coagulação: na qual conseguimos perceber por alguns dias uma “sombra” das células necróticas. O tecido é inicialmente firme e pálido ou amarelado. Neste tipo de necrose ocorre desnaturação das proteínas celulares. Ocorre por exemplo no infarto do miocárdio. 


 
 
2 - Necrose de liquefação:
 o tecido necrótico se liqüefaz rapidamente. Ocorre principalmente nas infecções bacterianas com formação de pus e no sistema nervoso central. 


 
 
3 - Necrose caseosa:
 é uma forma diferente de necrose de coagulação, na qual o tecido se torna branco e amolecido. É habitualmente encontrada na tuberculose. 


 
 
4 - Necrose gordurosa (ou enzimática):
 geralmente causada pelo extravasamento e ativação de enzimas pancreáticas que digerem a gordura do pâncreas, do epíploo e do mesentério. Encontrada na pancreatite aguda. Às vezes ocorre por traumatismo que ocasiona ruptura dos adipócitos; encontrada principalmente na mama feminina. 



 
 
5 - Gangrena:
 não é propriamente um tipo de necrose, geralmente se referindo à necrose de um membro por perda do seu suprimento sangüíneo, às vezes complicada por infecção bacteriana (gangrena úmida, gangrena gasosa). 



Evolução da necrose:

Geralmente como conseqüência da necrose há um processo inflamatório que se encarrega de digerir as células mortas para que possam ser reabsorvidas e substituídas por células semelhantes àquelas destruídas (regeneração) ou por tecido fibroso (cicatrização). Em algumas ocasiões o tecido necrótico pode sofrer
 calcificação (calcificação distrófica), como por exemplo na tuberculose primária e na pancreatite, ou ainda encistamento 

Heranças geneticas


Herança Autossomica Dominante

O FENÓTIPO OCORRE EM TODAS AS GERAÇÕES, ja que é expresso pelo gene dominante, ou seja, mesmo os heterozigotos (Aa) vão manifestar a alteração
SE O FILHO É AFETADO, UM DOS PAIS TEM O FENÓTIPO. Isso só não vai acontecer  SE A MUTAÇÃO FOR NOVA (INICIOU NAQUELE INDIVÍDUO) OU A EXPRESSIVIDADE FOR VARIÁVEL (NESSE CASO O GENE ESTA NOS PAIS MAS SE EXPRESSA POUCO)
-NÃO HÁ PREVALÊNCIA DE SEXO



Herança Autossomica RECESSIVA

O FENÓTIPO NÃO OCORRE EM TODAS AS GERAÇÕES, ja que é expresso pelo gene recessivo, ou seja, somente os homozigotos (aa)  vão manifestar a alteração de forma mais severa. Existem casos que Heterozigotos podem manifestar formas leve da patologia.



Herança LIGADA AO X RECESSIVA

PREVALÊNCIA MAIOR NO SEXO MASCULINO, JÁ QUE ESSES SÓ POSSUEM 1 X . HOMEM AFETADO TRANSMITE PARA TODAS AS FILHAS CUJOS FILHOS TEM 50% DE CHANCE DE HERDAR A DOENÇA
GENE NÃO SE TRANSMITE DO PAI PARA O FILHO, JA QUE O PAI PASSA O Y PARA O FILHO
MULHERES PORTADORAS TEM EXPRESSÃO VARIÁVEL, POIS PODEM SER HETEROZIGOTAS



Herança LIGADA AO X DOMINANTE

HOMENS AFETADOS COM MULHERES NORMAIS NÃO TEM FILHOS AFETADOS, POIS PASSAM AOS FILHOS O Y... NEM FILHAS NORMAIS, POIS SÓ PODEM PASSAR AS FILHAS SEU GENE X AFETADO. SENDO ASSIM, É PREVALENTE NO SEXO FEMININO 
FILHOS DE MULHERES AFETADAS TEM 50% DE CHANCE DE TRANSMITIR O GENE
-EXPRESSÃO VARIÁVEL EM MULHERES, POIS ELAS PODEM SER HETEROZIGOTAS





Genetica e Patologia 2

E então o que acontece quando temos  a mutação em um DNA.

Se esse DNA mutado for de uma região codificante, ou seja, codificar uma proteina funcional importante, teremos uma proteína alterada. Essa proteína alterada pode ter mais função do que a normal, menos função que a normal ou ainda pode começar a exercer funções que não exercia antes. De qualquer forma teremos uma patologia.

O DNA mutado pode ser o de uma proteína que não é funcional para a fisiologia do organismo, mas que regula essa proteina funcional. Assim a proteina funcional não esta alterada, mas a sua expressão fica descontrolada. Ou seja teremos proteinas demais ou falta de proteinas, ou ainda proteinas que vão se expressar em local ou momento errado.. todas causas de patologia.


Genética e Patologia



Genética é a ciência que estuda os  genes e sua transmissão para as gerações futuras. 
Mas o que é um gene? Gene é uma parte de DNA que codifica uma proteína. Ou seja uma sequencia de bases de nucleotideos que juntos tem o codigo para geral aminoacidos ou seja, uma proteina. Lembrem-se que todo funcionamento de um organismo esta baseado em proteinas.

Esses genes estão alocados nos cromossomos, que então possuem a receita para tudas as nossas características. cromossomos que possuem genes para as mesmas características são chamados homologos, um herdado do pai e outro da mãe. Genes alelos são genes que ocupam o mesmo locus em cromossomos homólogos. São representados por letras.
Cromossomos homólogos





Genótipo é a constituição gênica do indivíduo, isto é, são os genes que ele possui em suas células e que foram herdados dos seus pais. Fenótipo  são as características manifestadas por um indivíduo. É determinado pelo genótipo, mas pode ser modificado pelo ambiente.
Gene Dominante: aquele que sempre que está presente se manifesta. Representado por letras maiúsculas.
  Ex: AA,Aa,TT,Tt
Gene Recessivo: aquele que só se manifesta na ausência do dominante. Representado por letras minúsculas. para um ou mais caracteres.
  Ex: aa,tt 
Homozigoto ou Puro: indivíduo que apresenta alelos iguais para um ou mais caracteres.
   Ex: AA,aa,CC,cc
Heterozigoto ou Híbrido: indivíduo que apresenta alelos diferentes para um ou mais caracteres.
   Ex:Aa,Cc

Existem alguns conceitos  associados a relação entre o gene e sua manifestação no fenótipo

Genes Codominantes: os dois genes do par manifestam seu caráter.
Polialelia: mais de dois alelos para um mesmo caráter.
Pleiotropia: um par de genes determina vários caracteres.
Polimeria: vários pares de genes determinam um só caráter.
Epistasia: interação em que genes inibem a ação de outros não alelos.
 O exemplo mais clássico de codominância é aquele encontrado no sistema ABO. Nesse sistema, há três alelos envolvidos (IA, IB e i) que são responsáveis por determinar os grupos sanguíneos A, B, AB e O. Observe a seguir o genótipo e seu respectivo tipo sanguíneo:
IAIA e IAi – Sangue tipo A.
IBIB e IBi – Sangue tipo B.
IAIB – Sangue tipo AB.
ii – Sangue tipo O.

O alelo Ie Isão dominantes, enquanto o alelo i é recessivo. O curioso nesse sistema é que, em um mesmo indivíduo, quando encontramos os alelos Ie IB, eles não exercem dominância um sobre o outro. Nesse caso, ambos se manifestam e geram um fenótipo conhecido como AB. Nesse exemplo também incluimos o conceito de polialelia, ou seja, mais de 2 genes alelos  i,  IA  IB   para um mesmo caráter    

O exemplo de Pleiotropia é a sindrome de marfan
onde a alteração de um gene determina varias alterações fenotipicas 

O que é Marfan?

A Síndrome de Marfan tem um quadro clínico muito variado observado em uma mesma família e em famílias diferentes. A este fato chamamos de expressividade variável e ele é importante porque nem sempre um indivíduo afetado tem todas as características clínicas. Por isso é necessário examinar cuidadosamente os pais e os familiares próximos. Da mesma forma que um indivíduo discretamente afetado pode vir a ter um filho muito acometido, ou vice-versa.

As principais manifestações clínicas da doença concentram-se em três sistemas principais: o esquelético, caracterizado por estatura elevada, escoliose, braços e mãos alongadas e deformidade torácica; o cardíaco, caracterizado por prolapso de válvula mitral e dilatação daaorta; e o ocular, caracterizado por miopia e luxação do cristalino. A essa possibilidade de atingir órgãos tão diferentes denomina-se pleiotropia.

Sabendo que um determinado gene seria o responsável por estas manifestações clínicas e que um gene sempre comanda a fabricação de uma proteína, os pesquisadores se concentraram em descobrir que proteína seria comum aos ossos, olhos e coração, e no final dos anos 80 descobriram a existência de uma proteína chamada fibrilina, que faz parte do tecido de sustentação dos órgãos. Ela está presente em grande quantidade nos ligamentos que unem os ossos nas articulações e seguram as lentes dos olhos, chamadas de cristalino, assim como na camada interna das artérias, principalmente da maior artéria do corpo humano, chamada de aorta.


Calcificações Patológicas

Quando sais (fosfatos, carbonatos, citratos e outros) de cálcio são depositados em tecidos frouxos não osteóides ( ossos e dentes) enrijecendo-os dá-se o nome de calcificação ou mineralização patológica.
Convém salientar que, apesar de essencial, o cálcio é um elemento potencialmente tóxico para as células quando em excesso.


 A calcificação patológica significa o depósito anormal de sais de cálcio, justamente com quantidades menores de ferro, magnésio e outros sais minerais. É um processo comum que ocorre em uma variedade de distúrbios patológicos. Há formas de calcificação patológica. Quando o deposito ocorre localmente em tecidos inviáveis ou morrendo, é conhecido com calcificação distrófica; ocorre a despeito de níveis séricos normais de cálcio e na ausência de perturbações do metabolismo de cálcio. Em contraste, o deposito de sais de cálcio em tecidos vitais é conhecido como calcificação metastática e, quase sempre, reflete alguma perturbação do metabolismo de cálcio, levando a hipercalcemia.

Calcificação Distrófica


Esta calcificação é encontrada nos tecidos com necrose, principalmente dos tipos caseosa, de coagulação e gordurosa, e mais raramente no tipo liquefativa. 
O mecanismo exato destas deposições de cálcio não é bem conhecido, sendo que o processo parece ser muito semelhante ao de ossificação. A alteração do pH local no tecido lesado parece ser muito importante, fazendo o organismo depositar cálcio para neutraliza-. Esse tipo de calcificação independe dos níveis de cálcio no sangue.


Calcificação Metastática

        
Enquanto a calcificação distrófica ocorre nos tecidos previamente lesados e com calcemia (taxa de cálcio no sangue) normal, a calcificação metastática se deve a aumento do cálcio circulante (hipercalcemia). É, portanto, encontrada quando há aumento do parato-hormônio (hiperparatiroidismo), no excesso de vitamina D, no aumento da mobilização do cálcio ósseo, como ocorre nas graves destruições dos ossos por tumores e também por doenças renais crônicas que levam a retenção de fosfatos com alterações do balanço, do cálcio e hiperparatiroidismo, doença de Addison, leucemias, algumas síndromes paraneoplásicas e imobilizações ósseas prolongadas são exemplos de hipercalcemias moderadas com possibilidade de calcificações metastáticas.
O cálcio circulante aumentado se deposita em tecidos normais, acentuando-se mais nos locais onde houver tecidos lesados. Como o cálcio é mobilizado de outras áreas, depositando-se a distância, a calcificação é denominada metastática. Neste tipo de calcificação, o cálcio se deposita em meios ácidos como na parede dos alvéolos pulmonares, nas glândulas profundas do corpo e fundo gástrico e em túbulos e interstício do rim (nefrocalcinose), quando então pode levar à insuficiência renal crônica.

Calcificação Metastática

        
Enquanto a calcificação distrófica ocorre nos tecidos previamente lesados e com calcemia (taxa de cálcio no sangue) normal, a calcificação metastática se deve a aumento do cálcio circulante (hipercalcemia). É, portanto, encontrada quando há aumento do parato-hormônio (hiperparatiroidismo), no excesso de vitamina D, no aumento da mobilização do cálcio ósseo, como ocorre nas graves destruições dos ossos por tumores e também por doenças renais crônicas que levam a retenção de fosfatos com alterações do balanço, do cálcio e hiperparatiroidismo, doença de Addison, leucemias, algumas síndromes paraneoplásicas e imobilizações ósseas prolongadas são exemplos de hipercalcemias moderadas com possibilidade de calcificações metastáticas.
O cálcio circulante aumentado se deposita em tecidos normais, acentuando-se mais nos locais onde houver tecidos lesados. Como o cálcio é mobilizado de outras áreas, depositando-se a distância, a calcificação é denominada metastática. Neste tipo de calcificação, o cálcio se deposita em meios ácidos como na parede dos alvéolos pulmonares, nas glândulas profundas do corpo e fundo gástrico e em túbulos e interstício do rim (nefrocalcinose), quando então pode levar à insuficiência renal crônica.

Calcificação Metastática

        
Enquanto a calcificação distrófica ocorre nos tecidos previamente lesados e com calcemia (taxa de cálcio no sangue) normal, a calcificação metastática se deve a aumento do cálcio circulante (hipercalcemia). É, portanto, encontrada quando há aumento do parato-hormônio (hiperparatiroidismo), no excesso de vitamina D, no aumento da mobilização do cálcio ósseo, como ocorre nas graves destruições dos ossos por tumores e também por doenças renais crônicas que levam a retenção de fosfatos com alterações do balanço, do cálcio e hiperparatiroidismo, doença de Addison, leucemias, algumas síndromes paraneoplásicas e imobilizações ósseas prolongadas são exemplos de hipercalcemias moderadas com possibilidade de calcificações metastáticas.
O cálcio circulante aumentado se deposita em tecidos normais, acentuando-se mais nos locais onde houver tecidos lesados. Como o cálcio é mobilizado de outras áreas, depositando-se a distância, a calcificação é denominada metastática. Neste tipo de calcificação, o cálcio se deposita em meios ácidos como na parede dos alvéolos pulmonares, nas glândulas profundas do corpo e fundo gástrico e em túbulos e interstício do rim (nefrocalcinose), quando então pode levar à insuficiência renal crônica.


Tumor Marrom do Hiperparatireodismo

O hiperparatireoidismo é um distúrbio endócrino que altera o metabolismo do cálcio e do fósforo pela produção excessiva do hormônio paratireoidiano (PTH), gerando uma série de alterações sistêmicas, inclusive no tecido ósseo. O tumor marrom do hiperparatireodismo é uma doença óssea metabólica que pode acometer  todo esqueleto, inclusive mandíbula e maxila. Esta condição é um exemplo clássico de calcificação metastática, com o sequestro de cálcio esquelético e formação de um tecido reparador (lesão) com osteoblastos, células de defesa e matriz fibrosa.



Tumor marrom em mandíbula Rev. Clín. Pesq. Odontol., Curitiba, v. 6, n. 2, p. 185-190, maio/ago. 2010

sexta-feira, 10 de junho de 2016

PIGMENTAÇÕES PATOLÓGICAS

Dá-se o nome de PIGMENTAÇÃO ao processo de formação e / ou acúmulo, normal ou patológico, de pigmentos certos locais do organismo. Pigmento é toda substância de origem, composição química e significado biológico diverso que apresenta coloração própria. Quando o pigmento origina-se de substâncias sintetizadas pelo próprio organismo são denominados PIGMENTOS ENDÓGENOS, quando são formados no exterior e penetram pelo organismos pela via respiratória, digestiva ou parenteral e depositam-se nos tecidos são chamados de PIGMENTOS EXÓGENOS.

O principal pigmento biliar é a BILIRRUBINA (Bb) que representa o produto final da degradação da fração heme da hemoglobina. Distúrbios associados ao aumento da produção de Bb ou com o defeito hepático na remoção do pigmento da circulação resultam na elevação de seu nível no sangue (HIPERBILIRRUBINEMIA) e em um sinal clínico muito importante denominado ICTERÍCIA. Além destes achados clínicos, o aumento da excreção da Bb nas doenças hemolíticas crônicas, leva a formação de cálculos pigmentares constituídos principalmente por bilirrubinato de cálcio.
A ICTERÍCIA CAUSA PIGMENTAÇÃO AMARELA  DA PELE, ESCLERÓTICA DO OLHO (CONJUNTIVA) E ÓRGÃOS INTERNOS. TEMOS COMO CAUSA PRÉ-HEPÁTICA TEMOS HEMÓLISES E ANEMIAS HEMOLÍTICAS. ESTA ASSOCIADA A RECEM-NASCIDO E COMO CAUSA HEPATICA  TEMOS HEPATITES, CIRROSES, TUMORES.



HEMATOMA


os hematomas por definição, eles são coleções de sangue presentes fora dos vasos sanguíneos. Então por isso, pode acontecer em qualquer parte da pele, ou também em outros órgãos internos. Eles normalmente ocorrem em consequência da lesão da parede vascular. Isso gera passagem das células sanguíneas para o tecido. Então quando ocorrem na pele, são chamados de pancadas, popularmente, mas a depender do tamanho, tecnicamente eles podem ser classificados como: equimoses, petéquias e púrpuras.

Evolução cromática da equimose
  • deve-se à reabsorção da "hemorragia" pela ação dos macrófagos.
  • O núcleo heme perde o Fe que se agrupa em moléculas para formarem os grãos de hemossiderina e o resto da heme é transformado em biliverdina e bilirrubina.
  • 1 a 3 dias - vermelho-violáceo - HEMÁCIAS
  • 3 a 6 dias - Verde azulado - BILIVERDINA
  • 7 a 10 dias - Amarelada - BILIRRUBINA
  • 10 a 15 dias - Parda - HEMOSSIDERINA


terça-feira, 7 de junho de 2016

Imunidade Inata e Adquirida

A imunidade Inata é aquela imatura, onde não há presença de células inflamatórias específicas. Ocorre através de mecanismos Humorais/Bioquímicos:
Age através da  Via alternativa do complemento e ativa a cascata do complemento através de reações inespecíficas com polissacarídeos de superfícies de microorganismos e células tumorais;
Nesse tipo de reação imunológica temos a libeação de Citocinas (interferons, interleucinas);

 A imunidade inata esta associada a reação inflamatória Aguda:
Ou seja são processos que fazem parte da imunidade inata:a lesão tecidual promove o  aumento fluxo sanguíneo, da permeabilidade capilar  e da saida de células fagocitárias dos vasos sanuíneos. 
IMUNIDADE ADQUIRIDA
Reação imune específica que Suplementa a proteção da resposta inata.Adquirida por contato com substância estranha; Ao ter esse contato com substância estranha estimulamos a síntese de proteínas de Anticorpo especializadas e a Memória Imunológica;
Anticorpos:
São polipeptideos formados por cadeias de amino-acidos
Tipos de Imunoglobulina
IgM: 1º classe de anticorpo secretado na resposta primária.são eficientes na ligação com C1q (do sistema complemento), ativando a Cascata do Complemento e lise celular.
IgG: Ig predominante no plasma 75% das Ig séricas. Presentes na  Infecções em geral
IgA: classe de imunoglobulinas principal responsavel pelas secreções.
IgE: Responsavel pelos processos alérgicos  Tem duas partes A porção Fc da molécula se liga a basófilos e mastócitos. Porção Fab se liga a um alérgeno - ligação cruzada com outra molécula - liberação histamina (reação alérgica).
IgD: Atua na diferenciação (amadurecimento)do lifócito B.